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Economia
13/12/2018 19h50

Bolsas de NY repercutem política dos EUA e comércio e fecham sem sinal único

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quinta-feira, 13, sem direção única, à medida que os investidores ponderaram os riscos políticos nos Estados Unidos e as relações comerciais sino-americanas, em meio a preocupações com a desaceleração da economia global.

O índice Dow Jones chegou ao fim do dia em alta de 0,29%, cotado a 24.597,38 pontos; o S&P 500 caiu 0,02%, para 2.650,54 pontos; e o Nasdaq recuou 0,39%, para 7.070,33 pontos.

Os riscos políticos nos EUA envolvendo o presidente americano, Donald Trump, voltaram à tona nesta quinta-feira. Em entrevista à rede de TV americana Fox News, o republicano negou que tenha pedido ao ex-advogado Michael Cohen que fizesse algo errado. Cohen foi sentenciado a 36 meses de prisão na quarta-feira, 12, por irregularidades como evasão tributária e duas violações de regras de financiamento de campanha eleitoral devido a pagamentos que ele teria feito a duas mulheres que alegam ter tido casos extraconjugais com Trump. Na avaliação da consultoria de risco político Eurasia, o risco político tem aumentado nos EUA, impulsionando as chances de um processo de impeachment contra Trump.

Para o diretor-gerente da Eurasia, Kim Wallace, a "turbulência multifacetada" enfrentada pela Casa Branca no cenário político "deve corroer ainda mais a confiança dos negócios e do mercado". Nesse cenário, as bolsas nova-iorquinas perderam o ímpeto altista visto nos últimos dias com o otimismo em torno do comércio global e passaram a oscilar entre pequenos ganhos e perdas durante toda a tarde. Papéis de bancos mostraram queda, com o Goldman Sachs em baixa de 0,44% e o Bank of America com recuo de 0,49%.

O receio dos investidores também se dá em meio a preocupações com a saúde da economia americana. O diretor de capital e estratégia de derivativos do BNP Paribas, Greg Boutle, afirmou nesta quinta-feira que a probabilidade de que os EUA apresentem uma recessão até o fim de 2020 aumentou para 30% e ressaltou que os mercados acionários americanos devem continuar em uma fase volátil até então, tendo em vista que será difícil para as bolsas sustentarem o crescimento em nove anos visto que a expansão dos lucros corporativos começa a ficar mais lenta e que as taxas de juros estão subindo.

Quanto às relações comerciais sino-americanas, Trump voltou a se mostrar otimista. Ele disse pensar que americanos e chineses farão um acordo "fantástico" e que será bom para ambos e enfatizou que "quando" o pacto bilateral se confirmar a economia dos EUA "ficará incrível". Também durante a tarde, o secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, comentou que a China tem dado passos nas relações entre os dois e lembrou que o país asiático voltará a comprar soja e gás natural americanos. Questionado sobre a materialização do acordo bilateral, Ross disse que ainda há tempo para que as diferenças sejam resolvidas e destacou que a China já respondeu a uma lista de demandas americanas para a obtenção de um acordo.

No cenário de maior harmonia comercial entre as duas potências, papéis de empresas ligadas ao setor industrial voltaram a ser adquiridas pelos investidores. A ação da 3M subiu 1,16% nesta quinta-feira, enquanto o papel da Caterpillar avançou 0,42% e o da General Electric saltou 7,30%.

Fonte: Estadão Conteúdo
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