15/09/2020 14h00
Para sindicatos, congelamento de aposentadorias seria 'injustiça histórica'
Centrais sindicais criticaram a proposta da equipe econômica do governo de congelar por dois anos o valor das aposentadorias e pensões, bem como do BenefÃcio por Prestação Continuada (BPC), para financiar o Renda Brasil. Segundo nota enviada pela Força Sindical, entidade que reúne as lideranças sindicais de diversas categorias, a ideia representaria "uma injustiça histórica contra os trabalhadores e aposentados do PaÃs".
Na manhã desta terça, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tratou de rechaçar a proposta dos técnicos do Ministério da Economia e encerrar, ao menos até 2022, as discussões sobre o Renda Brasil. "Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa FamÃlia e ponto final", disse Bolsonaro.
De acordo com os sindicatos, a ideia de congelar os benefÃcios traduz uma "lógica equivocada do governo". As lideranças defendem que os reajustes vão contribuir para fomentar a economia. "Com mais rendimentos, os aposentados irão fomentar o consumo, a produção e, consequentemente, a geração de novos postos de trabalho", diz a nota enviada ao Broadcast, sistema de notÃcias em tempo real do Grupo Estado.
Por fim, a Força Sindical ainda pressiona pela prorrogação do auxÃlio emergencial até dezembro sob o valor original de R$ 600.
A primeira parcela extra do programa, com o novo valor de R$ 300, será paga aos beneficiários na próxima quinta-feira, dia 17. "As Centrais Sindicais irão mobilizar suas bases para sensibilizar os parlamentares para garantir este direito legÃtimo aos trabalhadores brasileiros", concluem as entidades.
Fonte: Estadão Conteúdo