23/03/2015 08h35
Alckmin financiará uso racional de água
O governo do Estado de São Paulo lançou um programa que vai financiar projetos municipais de aproveitamento de água da chuva e de reúso em serviços públicos como creches, hospitais, prédios de administração pública e empreendimentos habitacionais de interesse social. O Programa de Fomento ao Uso Racional das Ãguas é o primeiro da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) que destina verbas a propostas de combate à crise hÃdrica desenvolvidas por prefeituras.
O decreto para criação do programa foi publicado no Diário Oficial do Estado no sábado, 21, e estabelece as áreas prioritárias para adoção das medidas: Alto Tietê, Piracicaba, Capivari e Jundiaà (Bacia do PCJ) e ParaÃba do Sul. "São as regiões mais crÃticas do ponto de vista da captação de água", afirma a secretária estadual do Meio Ambiente, PatrÃcia Iglecias. Qualquer prefeitura, no entanto, pode encaminhar propostas.
O dinheiro para bancar o programa sairá do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop), vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, que nos últimos anos foi usado para outras finalidades, como a gestão dos resÃduos sólidos. "A limitação para 2015 é de R$ 4,5 milhões, que serão divididos entre os projetos apresentados pelos municÃpios", diz PatrÃcia.
A liberação do dinheiro ocorrerá somente após análise dos documentos. Segundo a secretária, o valor é suficiente. "Nós vamos estabelecer limites para os projetos, mas dá para perceber pelo próprio escopo - sistema de coleta, armazenamento, tratamento de águas pluviais - que não são complexos."
O governo vai apresentar o projeto à s prefeituras. "Vamos começar a parte de divulgação para que saibam que podem buscar esse recurso", diz PatrÃcia.
Alguma coisa
O custo para criar ações de reaproveitamento de água é baixo, explica o professor de Recursos HÃdricos Antônio Carlos Zuffo. "O preço estimado para fazer uma cisterna é de cerca de R$ 300. Se fosse dividir o valor total (do programa) por todos os municÃpios de São Paulo, seria pouco. Mas as áreas mais afetadas é que têm de ter prioridade. Então é pouco, mas já alguma coisa", diz.
O professor, no entanto, atenta para as mudanças no clima. "Estamos entrando no perÃodo seco, a partir de agora já não teremos tanta chuva para acumular. Talvez essa água (reaproveitada) não seja suficiente para substituir a da rede", afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo