07/05/2015 13h10
Alckmin não descarta participação de outros policiais em chacina no Pavilhão 9
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não descarta a participação de outros policiais militares na chacina que matou oito pessoas na sede da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians. Na manhã desta quinta-feira, 07, um PM e um ex-PM foram presos por suspeita de terem participado do crime. "Deve ter outros (policiais), mas só dois foram presos", disse.
A Justiça havia decretado a prisão dos dois a pedido do setor de investigações de chacinas do Departamento Estadual de HomicÃdios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com as investigações, o ex-policial Rodney Dias dos Santos, de 42 anos, que atuaria no tráfico de drogas na região da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste de São Paulo, é apontado como orquestrador do crime. Ele teria mandado executar Fábio Neves Domingos, de 34 anos, ex-presidente da Pavilhão 9, após um desentendimento. A PolÃcia Civil ainda investiga se o motivo está relacionado a uma possÃvel dÃvida ou disputa por pontos de venda.
Com passagem pela polÃcia, Santos também teria participado diretamente da chacina, junto com comparsas. Segundo as investigações, ele teria ido até a unidade da torcida organizada e atirado contra as vÃtimas. O ex-PM foi preso em casa, na Grande São Paulo. O outro suspeito é o soldado da PolÃcia Militar Walter Pereira da Silva Junior, que atua em CarapicuÃba, preso no batalhão enquanto trabalhava.
Alckmin destacou a importância do trabalho de investigação da Corregedoria da PolÃcia Civil e afirmou que o agente na ativa será "punido exemplarmente".
Logo após a chacina, os policiais descartaram a hipótese de rixa entre torcidas organizadas e afirmaram o tráfico como a principal linha de investigação. Uma semana depois, o jornal Folha de S. Paulo informou que a PolÃcia Civil passou a investigar a participação de PMs no caso. O DHPP e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no entanto, tentaram desmentir a informação.
"No começo, você não tinha nenhuma evidência de envolvimento de policiais", justificou Alckmin, durante visita a obras da Linha 5-Lilás, do Metrô.
Fonte: Estadão Conteúdo