23/02/2016 18h15
Casos confirmados de microcefalia sobem 26% e chegam a 583
O número de casos confirmados de microcefalia no Brasil aumentou 26% nos últimos dez dias, passando de 462 para 583 segundo o novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 23.
Outros 950 casos suspeitos de microcefalia foram descartados após análises mais criteriosas, ou por serem crianças sem a má-formação ou casos não relacionados a infecções por vÃrus ou bactérias. Todos os números se referem ao perÃodo de 22 de outubro de 2015 a 20 de fevereiro deste ano, e incluem "outras alterações do sistema nervoso central" além da microcefalia.
Já foram notificados 120 óbitos de bebês por microcefalia, o que inclui morte pós-parto e aborto espontâneo. No boletim anterior, divulgado em 22 de fevereiro, era 91. Desses, 30 foram investigados e confirmados para microcefalia (ante 24 no balanço anterior) e 10 foram descartados. Outros 80 continuam em estudo.
O Ministério da Saúde informou que há 4.107 casos em investigação, distribuÃdos em 1.101 municÃpios de 25 unidades da federação. Amapá e Amazonas permanecem como os únicos Estados da federação que não tem nenhum registro de casos.
Pernambuco é o Estado com o maior número de casos confirmados de microcefalia com infecção por zika (209), seguido da Bahia (120). Mesmo nesses casos, não está excluÃda a possibilidade de a mãe da criança ter tido outras infecções capazes de causar danos ao sistema nervoso do feto. Ou seja: não são casos em que o zika foi identificado como única causa possÃvel da má-formação.
"Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos Estados e a possÃvel relação com o vÃrus zika e outras infecções congênitas", diz o boletim. "A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sÃfilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovÃrus e herpes viral."
Fonte: Estadão Conteúdo