26/01/2016 18h42
Chuva eleva volume do reservatório da bacia do Rio Paraíba do Sul
Graças à s últimas chuvas do mês e à s medidas de redução das vazões, o volume do reservatório da bacia do Rio ParaÃba do Sul saltou nesta terça, 26, de menos de 1% para um quarto de sua capacidade, na comparação com essa segunda, 25, com a mesma data do ano passado. Em 25 de janeiro de 2015, o reservatório, que inclui as represas de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil, operava com 0,69% de seu volume. Nessa terça estava com 25,60%.
Segundo o superintendente adjunto de Regulação da Agência Nacional de Ãguas (ANA), Patrick Thadeu Thomas, apesar do crescimento, o volume da bacia do ParaÃba ainda é muito reduzido quando comparado aos anos anteriores a 2015. Em janeiro de 2012, ele operava com 75%; em 2013, com 40%; em 2014, 55%. A partir daà a situação começou a complicar devido à estiagem.
"O perÃodo de novembro até abril é de chuvas na maior parte do paÃs, principalmente na região Sudeste, que é a cabeceira das principais bacias, como a do São Francisco (MG) e a do ParaÃba do Sul (SP/MG/RJ), que tiveram problemas ao longo dos últimos dois anos. Tivemos uma excelente recuperação na bacia do ParaÃba do Sul, com vazões acima da média em 10%, em dezembro, e 16% em janeiro, o que é muito bom, já que em 2014 e 2015 estivemos abaixo dos mÃnimos observados em toda a história. O último mês marcou uma mudança de tendências nas vazões afluentes nos reservatórios, que aumentaram significativamente", disse.
Mesmo assim, de acordo com Thomas, o Sudeste não saiu da crise hÃdrica. "Estamos começando este ano de uma forma muito melhor do que em 2015. Mas temos que esperar até o fim do ano para ver se vamos sair da crise. Ainda teremos o perÃodo de seca, de maio a outubro, e precisaremos que os reservatórios se mantenham em condição confortável. Por isso, manteremos o nÃvel de vazão reduzido, igual ao do ano passado, no pico da crise. Vai depender do comportamento das chuvas", afirmou.
Neste perÃodo do ano passado, o Estado do Rio viveu sua pior estiagem em 85 anos de registro histórico, quando o volume do sistema hidráulico do ParaÃba do Sul quase zerou. O reservatório é a principal fonte de recursos hÃdricos do estado e de abastecimento de água potável para a região metropolitana, composta por 18 municÃpios e que concentra 75% da população fluminense.
Segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, por causa das última semana de chuvas, entre 11 e 21 de janeiro, o reservatório passou de 19,37% de sua capacidade para 26,25%, acumulando quase 300 bilhões de litros de água - o suficiente para abastecer a região metropolitana por cerca de dois meses. Além das chuvas, o órgão creditou o aumento à s medidas de contingência. "A redução da vazão do ParaÃba de 190 mil litros por segundo para 110 mil litros resultou na economia de 1,8 trilhão de litros nos reservatórios, permitindo que a região metropolitana passasse pelo perÃodo mais crÃtico da estiagem sem risco de racionamento", divulgou a secretaria em nota.
Mesmo com o aumento no volume dos reservatórios, principalmente ao se comparar com ano passado, a secretaria ressaltou que o quadro ainda é de atenção. "Para atingir a normalidade, o somatório do volume de água armazenado nos reservatórios do ParaÃba do Sul, ao fim do perÃodo chuvoso (30 de abril), deverá ser superior a 50%", diz a nota.
Fonte: Estadão Conteúdo