11/12/2014 10h45
Chuva interrompe 26 dias de queda no nível do Sistema Cantareira
Principal reservatório de São Paulo, o Sistema Cantareira interrompeu uma longa sequência de quedas e se manteve estável pela primeira vez após 26 dias. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nÃvel do reservatório permanece em 7,6% nesta quinta-feira, 11, depois de ter chovido 18,1 milÃmetros sobre a região.
Responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas, o manancial havia se mantido estável pela última vez no dia 14 de novembro, quando estava com 10,8% do volume armazenado de água disponÃvel. Nesse dia, havia chovido 24,4 milÃmetros sobre a região.
Já a última vez que a capacidade do Cantareira aumentou - com exceção dos dias em que as reservas técnicas foram acrescentadas no cálculo - foi há quase oito meses, em 16 de abril. Na ocasião, o reservatório aumentou de 12% para 12,3% e havia chovido 27,1 milÃmetros.
Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada do mês no Sistema Cantareira é de 25,4 milÃmetros, que representa 11,5% da média histórica de dezembro, de 220,9 milÃmetros.
Outros reservatórios
Com as chuvas das últimas 24 horas, subiu o nÃvel dos Sistemas Guarapiranga e Rio Grande, que juntos atendem 6,1 milhões de pessoas. Após 5,4 milÃmetros de chuva, o Guarapiranga aumentou 0,1 ponto porcentual, passando de 34,4% para 35,5%. Já o Rio Grande subiu 0,7 ponto. Nesta quinta-feira, o reservatório opera com 62,5%, ante 61,8% do dia anterior.
Por sua vez, os Sistemas Alto Tietê e Alto Cotia se mantiveram estáveis, com 4,4% e 29,2%, respectivamente. Sobre a primeira região, choveu 14 milÃmetros, enquanto na segunda a pluviometria foi de 8,2 milÃmetros.
Dos principais mananciais, o único que registrou queda foi o Sistema Rio Claro, que caiu 0,6 ponto porcentual. O reservatório opera, nesta quinta-feira, com 27,1% da sua capacidade. Nesta quarta-feira, 10, o nÃvel estava em 27,7%. Sobre a região, choveu apenas 3,5 milÃmetros nas últimas 24 horas.
Chuva
A Climatempo e a Sabesp informaram que choveu em todas as represas de São Paulo. Nos Sistemas Cantareira e Alto Tietê, que estão com os nÃveis mais baixos entre os reservatórios, as chuvas foram moderadas e fortes no fim da tarde desta quarta-feira, 10.
Medição do Sistema de Alerta a Inundações em São Paulo (Saisp) apontou 40,2 milÃmetros de precipitação na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, que faz parte do Cantareira. Esse é o segundo maior reservatório do sistema e, atualmente, o que apresenta a situação mais crÃtica.
O temporal que atingiu a cidade de São Paulo causou alagamentos e o transbordamento de um córrego na zona leste e ainda formou uma correnteza capaz de arrastar veÃculos. A cidade permaneceu em estado de atenção para alagamentos entre 15h e 18h30 desta quarta-feira. Também choveu forte na região metropolitana: Osasco e Guarulhos tiveram ruas alagadas, de acordo com os bombeiros.
Na capital, a região de Itaquera, na zona leste, entrou em estado de alerta assim que o Córrego Verde, nas imediações da Avenida Jacu-Pêssego e da Avenida Imperador, transbordou. Carros e caminhões foram arrastados pela correnteza e as pessoas ficaram ilhadas. Dez veÃculos do Corpo de Bombeiros se dirigiram à s áreas mais crÃticas da zona leste para ajudar os moradores. Não houve relato de pessoas desaparecidas nem desabrigadas, informou a Defesa Civil Municipal.
Segundo a empresa Climatempo, choveu 63 milÃmetros na região do Córrego Jacu, em Itaquera, até as 19h - Ãndice mais alto da capital. A média para o mês de dezembro, registrada no Mirante de Santana, na zona norte, é de 200,7 milÃmetros.
Previsão
A passagem de uma frente fria, aliada à formação de um sistema de baixa pressão sobre a Região Sudeste, vai favorecer a formação de nuvens carregadas nos próximos dias. Entre a noite desta quinta-feira e a madrugada de sábado, 13, são esperados os maiores volumes de chuva na capital e nas represas da região.
Nesta quinta-feira, há possibilidade de pancadas fortes e localizadas à tarde e temperatura máxima de até 28°C.
Fonte: Estadão Conteúdo