25/07/2022 07h40
Estiagem põe em emergência 14 cidades do Pantanal em MS
Incêndios voltaram a atingir o Pantanal, um dos biomas mais ameaçados do PaÃs, em Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) decretou situação de emergência em 14 municÃpios da região.
Os focos apareceram na região do Abobral, no entorno do Parque Estadual Pantanal Rio Negro, uma reserva ambiental. Na manhã de quinta, uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar se deslocou para a área, em apoio à s brigadas que já atuam na região. Conforme o Centro de Proteção Ambiental dos Bombeiros, entre 1.º de junho e 17 de julho, os incêndios destruÃram 84 mil hectares de vegetação no Pantanal sul-mato-grossense, que vive um novo perÃodo de forte estiagem.
Já há informações de mortes de animais devido à seca e à s queimadas. Um vÃdeo que circula em redes sociais mostra mais de uma dezena de jacarés disputando a água que caÃa de um bebedouro de gado, na Fazenda Sagrado, em Corumbá. Na imagem, é possÃvel ver que os répteis estão magros e alguns aparentam estar mortos. Outros animais, como uma sucuri e uma onça-pintada, foram salvos de incêndios.
ÃREA MAIS ATINGIDA. O decreto de emergência abrange os municÃpios de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho, Sonora, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Bodoquena, Jardim, Bonito, Anastácio, Corguinho e Rio Negro afetados por desastre classificado como incêndio florestal - queimadas em parques, áreas de proteção ambiental e áreas de preservação permanente nacionais, estaduais ou municipais. A emergência entrou em vigor ontem e tem duração de seis meses.
Conforme o governo, o decreto foi motivado pela intensa estiagem, que já dura mais de 25 dias, e pelo aumento em focos de incêndios em Mato Grosso do Sul. Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apontam já no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo perÃodo de 2021, um aumento de 215,5% de área queimada nas unidades de conservação da bacia do Rio Paraguai, que banha o Pantanal, e de 400% em terras indÃgenas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo