05/10/2014 10h10
Força Nacional chega em SC para conter ataques
Após o governo federal anunciar reforço na segurança de Santa Catarina, que sofre com ataques de criminosos em 26 cidades desde o dia 26 de setembro, 30 soldados da Força Nacional de Segurança desembarcaram na base aérea de Florianópolis, na madrugada de ontem. Eles receberam a ordem de reforçar as operações policiais, a fim de conter o incêndio de ônibus e coibir que bases da polÃcia ou mesmo residências de policiais sejam atacadas a tiros.
Os soldados cumpriram a primeira missão já no inÃcio da manhã. Às 8h40, 21 presos catarinenses foram transferidos para uma unidade federal em Porto Velho, Rondônia. O grupo, que foi reunido em presÃdios de todo o Estado, é acusado de ser mandante da terceira onda de atentados em Santa Catarina.
Em coletiva de imprensa durante a manhã de ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), passou mais detalhes da operação, que foi nomeada de Brasil Integrado, Bravo Cidadão. Segundo ele, não se trata apenas de reforço de pessoal, mas também de inteligência policial.
Cardozo anunciou o empréstimo de equipamentos para o combate ao crime organizado no Estado: um scanner que identifica o que há dentro de veÃculos e um helicóptero com câmera avançada para fiscalização. Além disso, o ministro afirmou que policiais começarão a fazer um cinturão ao redor de Santa Catarina para "asfixiar a organização criminosa".
Sobre a origem dos ataques, contrariou as declarações recentes da polÃcia catarinense. "Nenhum indicador aponta que a ordem dos ataques veio da penitenciária de Mossoró", disse Cardozo aos jornalistas, contrariando a informação da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic) catarinense. A suspeita foi levantada por que, há dois anos, 22 condenados de pertencerem à facção PGC (Primeiro Grupo Catarinense) estão confinados no presÃdio de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo