08/11/2014 08h35
Haddad quer usar renegociação da dívida para PPPs
A aprovação da renegociação da dÃvida dos Estados e municÃpios com a União, aprovada pelo Senado na quarta-feira, abrirá espaço para o lançamento de novas parcerias público-privadas em São Paulo. A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) tem elencado ao menos cinco projetos para oferecer ao mercado nos próximos dois anos. Um deles deve sair do papel já em 2015: a reforma total do Complexo do Anhembi, na zona norte da cidade.
O objetivo da proposta é aumentar a capacidade de São Paulo de receber eventos corporativos ou culturais de grande porte. Em desenvolvimento pela SP Negócios, empresa responsável pelo fomento de investimentos na cidade, a PPP está programada para ser lançada no primeiro semestre do ano que vem. A Prefeitura pretende dobrar a área construÃda do Anhembi, com a verticalização do estacionamento e a construção de um pavilhão de conferências, além de um hotel cinco-estrelas.
Depois da autorização dada pelos congressistas para a troca do indexador da dÃvida, o saldo devedor deverá cair de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões, devolvendo à Prefeitura a possibilidade de contrair novos financiamentos. Isso se a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionar o texto na Ãntegra. Sem a renegociação, esse estoque poderia chegar a R$ 170 bilhões em 2030, data final para o pagamento da dÃvida. "Na prática, a renegociação da dÃvida ajudará a cidade a oferecer mais garantias financeiras, o que, consequentemente, dará mais segurança ao investidor. Isso é que nos permitirá lançar novas PPPs", disse o diretor-presidente da SP Negócios, Wilson Poit.
Entre as prioridades da empresa está buscar parceiros para obras de infraestrutura, com destaque paras os projetos de mobilidade. Além da reforma no complexo do Anhembi, Poit cita a proposta de construção de corredores de ônibus, de creches e de garagens subterrâneas, também a partir de parcerias com a iniciativa privada.
A lista ainda inclui a PPP da iluminação, já anunciada pelo prefeito Haddad. Mais ousada de todas as propostas, ela prevê a troca de todas as luminárias da cidade por lâmpadas LED. O valor total do negócio pode passar de R$ 7 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo