17/09/2015 16h36
Mais da metade dos alunos de 8 anos tem níveis baixos de leitura
Mais da metade (56,2%) dos alunos do 3º ano do ensino fundamental tem nÃveis baixos de leitura. Isso é o que indicam os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) 2014, divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Ministério da Educação (MEC). Em Matemática, a situação é parecida: 57% dos estudantes que fizeram a prova têm domÃnio fraco do conteúdo para a idade (oito anos).
Essas são as proporções de alunos que ficam nos dois patamares mais baixos de domÃnio em leitura e Matemática (cada um com quatro nÃveis) da avaliação. Em escrita, 26,6% deles ficaram nos dois patamares inferiores - em uma escala de cinco.
No caso da leitura, por exemplo, não alcançar os dois nÃveis superiores significa que a criança não consegue identificar uma informação explÃcita, no meio ou no final do texto, em um poema ou cantiga folclórica. Em relação à escrita, estudantes nos dois primeiros nÃveis não conseguem construir um texto legÃvel e escrevem palavras com letras trocadas.
Dos 26 Estados e o Distrito Federal, apenas seis têm menos da metade dos alunos nos nÃveis inferiores de leitura.
Histórico
A ANA foi criada com o Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2012. Os indicadores de 2014 ficaram próximos aos números de 2013, primeiro ano em que a ANA foi feita. O MEC não divulgou oficialmente os dados da edição por considerá-los apenas um diagnóstico inicial.
Em relação à edição anterior da ANA, houve estagnação nos indicadores. Naquele ano, 57% dos alunos ficaram nos dois primeiros nÃveis de leitura. Em Matemática, esse porcentual foi de 58%. Já em escrita, 41,5% haviam ficado nos dois patamares inferiores - mas, à época, a escala usada era de quatro nÃveis.
Neste ano, a pasta decidiu cancelar a realização da ANA. O principal motivo foi corte de gastos. De acordo com o governo, a medida também tem caráter de reavaliação pedagógica. Há a possibilidade de que o exame seja aplicado a cada dois anos.
Fonte: Estadão Conteúdo