26/08/2015 10h15
Mais da metade dos pacientes sai de suas cidades para fazer exames no Brasil
A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), mostra que em 52,9% das cidades brasileiras pacientes da atenção básica têm de fazer exames em outros municÃpios, por falta de infraestrutura das unidades dos lugares onde moram. A proporção é maior no Nordeste (55,3%) e menor no Norte (46,7%). Nos municÃpios de até 100 mil habitantes, onde os serviços de saúde são mais simples, a prática é mais comum.
Divulgado nesta quarta-feira, 26, o levantamento foi feito entre julho de 2014 e março de 2015 e mostrou que 59,9% dos municÃpios precisavam referenciar usuários da atenção básica para internação fora, sendo o Sudeste a região mais crÃtica nesse sentido (66%), e o Centro-oeste, a que tem menor Ãndice (46%).
Outra deficiência é a falta de atendimento de emergência 24 horas: 12,9% dos municÃpios não dispõem desse tipo de serviço. E também com relação aos leitos de UTI neonatal: 93,4% não contam com essas acomodações, que muitas vezes salvam recém-nascidos com risco de vida, sejam em estabelecimento público ou em conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A Munic saiu com a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic). São dados referentes à s 27 unidades da federação e aos 5.570 municÃpios brasileiros nas áreas, além da saúde: recursos humanos das administrações estaduais e municipais, comunicação e informática (por exemplo, o cumprimento da Lei de Acesso à Informação), educação, direitos humanos, segurança pública, segurança alimentar, inclusão produtiva da população e vigilância sanitária.
As respostas aos técnicos do IBGE foram dadas por funcionários dos Estados e municÃpios, e não pela população destes. A Estadic é realizada desde 2012; a Munic, desde 1999, de modo que parte dos dados pode ser comparada.
Fonte: Estadão Conteúdo