30/06/2022 14h50
Metrô de SP: governador decide congelar tarifa durante ano eleitoral
Pré-candidato à reeleição, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira, 30, que o preço da passagem de Metrô não irá aumentar neste ano, mesmo diante da alta da energia elétrica. Atualmente, as tarifas cobradas são de R$ 4,40.
"Vamos manter as tarifas nos preços atuais até o final do ano, também como um esforço do Estado para que a gente evite repassar essa alta de custos para o consumidor", disse Garcia. Segundo ele, com o aumento do preço da energia elétrica, houve consequentemente uma alta de preços para a manutenção de serviços como o Metrô e a CPTM.
Diante desse cenário, Garcia disse que o governo do Estado vem repassando subsÃdios à s empresas que operam os serviços, mas não especificou os valores. "SubsÃdios, de uma forma ou de outra, já começaram, com pagamento de passivos regulatórios, com ampliação de repasses ao Metrô e à CPTM, para que a gente evite neste momento o aumento da passagem na capital."
Os incentivos, acrescentou o governador, também se estendem à Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). "Tudo aquilo que puder fazer neste momento de retomada econômica para evitar essa alta de preços, com responsabilidade fiscal, o governo de São Paulo já tomou essas decisões", afirmou Garcia.
Pedágios de rodovias
Nesta quinta, o governador também anunciou que as tarifas dos pedágios de rodovias de São Paulo não serão reajustadas neste ano. A decisão ocorre, segundo o governo do Estado, "por causa da atual conjuntura econômica e do custo Brasil, com a alta desenfreada dos preços, em especial, de combustÃveis". A mudança nos valores, que não irá ocorrer mais, estava prevista para esta sexta-feira, 1º.
ICMS dos combustÃveis
Além da decisão de não reajustar o valor dos pedágios, Rodrigo Garcia anunciou nesta segunda-feira, 27, que o Estado começaria a aplicar, de forma imediata, a redução da alÃquota de ICMS da gasolina de 25% para 18%. Segundo o governo paulista, a expectativa é que a decisão cause um efeito na bomba com baixa de cerca de R$ 0,48.
A ação de Garcia foi vista como eleitoreira e abriu uma dissidência entre os Estados, segundo apurou o Estadão. A decisão foi tomada após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar, na última sexta-feira, 24, o teto na cobrança do imposto estadual sobre os combustÃveis.
Fonte: Estadão Conteúdo