11/02/2022 16h50
MP do Rio diz que prisão de suspeitos não encerra investigação sobre morte de Moïse
O promotor Alexandre Murilo Graça, do Ministério Público do Rio (MPRJ), disse nesta quinta-feira, 10, que a prisão de três suspeitos pela morte do congolês Moïse Kabagambe não encerrou a apuração e que existe a possibilidade de outras pessoas virem a responder pelo crime. A declaração foi dada na sede do MPRJ durante encontro com familiares de Moïse.
"Não podemos antecipar o que será feito para não prejudicar a investigação. Mas todos os fatos relacionados ou correlatos ao homicÃdio serão investigados e esclarecidos. Estamos diante de um crime bárbaro, daremos uma resposta. O Ministério Público está trabalhando com toda a sua estrutura para levar essas pessoas a julgamento e para prestar auxÃlio à s vÃtimas", afirmou Murilo Graça, da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.
Imagens das câmeras de segurança do quiosque Tropicália, onde ocorreu o crime, mostram que outras pessoas estavam no local no momento da agressão. Algumas delas já foram ouvidas pelos investigadores, e outras ainda estão sendo identificadas.
O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, também esteve no encontro com os familiares do congolês e colocou a estrutura do MPRJ à disposição. "Estamos empenhados, com diversos promotores e procuradores de Justiça e todo o aparato do Ministério Público, para que tenhamos o efetivo esclarecimento do crime e a responsabilização de todos os culpados", declarou Mattos.
"O MP tinha apenas uma atuação tradicional de promover a responsabilização, a prisão e a conclusão punitiva do caso, mas não havia um olhar para a vÃtima e seus familiares. Agora, há toda uma estrutura de promoção dos direitos das vÃtimas que trabalha para acolhimento dos familiares e auxilia na prestação de informações sobre a investigação."
Fonte: Estadão Conteúdo