30/12/2014 07h35
No País, 84 pessoas já morreram este ano vítimas de raios
Quando os relâmpagos aparecem no horizonte, permanecer em locais abertos como praias é altamente arriscado - mesmo quando ainda não há uma tempestade em curso -, de acordo com Antonio Saraiva, pesquisador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um centro de referência nos estudos sobre raios. "Por ser um local aberto, à s vezes cheio de guarda-sóis e quiosques, a praia é um local especialmente perigoso quando começam os relâmpagos. Ao percebê-los no horizonte, todos devem deixar a praia e procurar abrigo imediatamente", afirmou. Segundo ele, é preciso ir para algum lugar fechado e jamais se abrigar sob árvores, perto de cercas ou ao lado de veÃculos.
Em 2014, até o meio de novembro, 84 pessoas morreram em decorrência de raios no Brasil, de acordo com um boletim do Elat publicado no inÃcio de dezembro. Entre 2000 e 2013, em todo o Brasil, 1.672 pessoas foram mortas por descargas atmosféricas.
Segundo Saraiva, os relâmpagos no horizonte podem ser ainda mais perigosos que os raios que caem na praias. "Raramente uma pessoa é atingida diretamente por um raio. Na maior parte dos casos, as pessoas são atingidas por correntes indiretas. A radiação do raio se propaga pela praia, tanto pela água como pelo chão e, ao atingir a pessoa, produz o efeito conhecido como diferença de potencial, fazendo com que ela seja eletrocutada", explicou.
De acordo com o especialista, o calor intenso e o alto nÃvel de umidade no perÃodo que vai de outubro a março, produzem as condições propÃcias para tempestades severas acompanhadas de muitos raios. "Nesta época do ano a incidência de raios é muito alta e o Brasil é o PaÃs onde eles são mais comuns", disse. Segundo o Elat, o PaÃs recebe 50 milhões de raios por ano e, a cada 50 mortes por raios no mundo, uma ocorre no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo