29/01/2016 15h15
OMS pede que Europa se prepare para zika nos próximos meses
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o risco de casos importados de zika vÃrus aumentou na Europa e que os próximos meses podem registrar um aumento na transmissão pelo Velho Continente. Mas aponta que, por enquanto, a ameaça de que a doença se espalhe pela Europa é "extremamente baixa" durante os meses atuais de inverno.
Em um comunicado emitido nesta sexta-feira, 29, em Genebra, na SuÃça, a entidade confirmou a proliferação de registros de pessoas que voltaram para a Europa contaminadas pelo vÃrus.
"Na medida em que o zika vÃrus continua a se espalhar pela América, o risco de que viajantes infectados entrem na Europa aumenta. Casos importados foram registrados em vários paÃses europeus", confirmou a OMS, em uma referência a casos na SuÃça, na Alemanha, na Espanha, na Itália e em outros paÃses.
A entidade também alerta que o risco não é imediato. "Durante o inverno, o risco de uma transmissão do zika vÃrus pela Europa é extremamente baixo. Ainda que o mosquito Aedes esteja presente em vários paÃses europeus, especialmente no Mediterrâneo, as atuais condições climáticas não são adequados para suas atividades", explicou.
Mas a OMS também diz que, com a primavera e verão nos próximos meses no Hemisfério Norte, o "risco da transmissão na Europa vai aumentar, já que os mosquitos encontrarão melhores bases para se proliferar em climas mais quentes".
A OMS sugere que os paÃses europeus usem os atuais meses para "se preparar para detectar e administrar as infecções em viajantes vindos de paÃses afetados".
"PaÃses onde o mosquito do Aedes está presente devem se preparar para lidar com o risco de uma proliferação do zika na primavera e verão", indicou. "PaÃses europeus podem usar sua experiência com a dengue e chikungunya para controlar esses mosquitos", disse.
A OMS sugere que os governos "fortaleçam o controle dos vetores, monitoramento e laboratórios para detectar o vÃrus e complicações neurológicas, assim como a comunicação sobre o zika". "Isso vai ajudar a reduzir a presença do Aedes e, assim, o risco de zika se espalhar pela Europa", completou.
Fonte: Estadão Conteúdo