02/02/2016 18h39
Organizadores da Olimpíada do Rio orientam sobre métodos de prevenção ao Aedes
Em meio ao surto de zika, que assusta turistas e atletas que se preparam para vir à OlimpÃada do Rio, os organizadores dos Jogos estão orientando os comitês olÃmpicos de todo o mundo sobre métodos de prevenção ao mosquito Aedes aegypti. As recomendações vão do uso de roupas longas e repelentes à orientação de manter janelas fechadas na estada carioca.
As medidas foram reveladas nessa terça, 2, pelo Comitê Rio-2016. Apesar de a pauta abordar diversos temas relativos aos Jogos, foi a zika e a microcefalia que dominaram as discussões. A entrevista foi uma das mais concorridas já realizadas pelo comitê. Contou com 149 jornalistas, dos quais 38 estrangeiros, que insistiram na abordagem do assunto.
"Algumas medidas preventivas vêm sendo recomendadas aos comitês nacionais pelo Comitê OlÃmpico Internacional (COI). Sobre manter as janelas fechadas na Vila OlÃmpica, é importante dizer que os apartamentos terão ar condicionado, então é importante manter as janelas fechadas. Isso pode ser uma dessas medidas", disse o diretor de Serviços Médicos do Comitê Rio-2016, João Grangeiro.
Segundo Grangeiro, o Rio-2016 e os órgãos públicos estão agindo para combater os focos de Aedes aegypti. "O mais importante são as ações preventivas que o comitê já vem tomando junto com as autoridades públicas de saúde na inspeção de prováveis criadouros de mosquito e a erradicação deles", afirmou ele.
O diretor ressaltou que, historicamente, na época em que acontecem os Jogos, a presença do Aedes costuma ser bem inferior à registrada nos meses de verão.
"Nossa expectativa é que em julho e agosto a infestação de mosquitos caia drasticamente, e, com isso, o número de zika também vai acompanhar", acrescentou.
A região onde estão o Parque OlÃmpico e a Vila dos Atletas, na zona oeste, é alagadiça, propÃcia à proliferação de mosquitos. Mas as autoridades de saúde do Rio asseguram que o Aedes não existe em grande número na área e charcos das lagoas de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca, vizinhas à s instalações olÃmpicas.
"É uma área que tem a predominância de outro tipo de mosquito, que não o Aedes - é o Culex", afirmou Daniel Soranz, secretário de Saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro.
De acordo com o subsecretário de Vigilância e Saúde do governo estadual, Alexandre Chieppe, "diferentemente de outras áreas, de outros paÃses, nós não temos transmissão de doenças pelo Culex no Brasil. O máximo que pode gerar é um desconforto nas pessoas, mas não a transmissão de doenças."
Fonte: Estadão Conteúdo