05/12/2014 21h35
Polícia Civil prende 24 por falsificação de agrotóxicos
Uma megaoperação da PolÃcia Civil com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 23 pessoas nesta sexta-feira, 5, nas cidades paulistas de Franca, Ribeirão Preto, Campinas, Cristais Paulista e Sertãozinho sob a acusação de falsificar agrotóxicos. Outras 8 pessoas são procuradas, incluindo um empresário de Minas Gerais.
Mais de 200 policiais participam da ação que já confiscou bens, entre eles 50 veÃculos, que somam mais de R$ 20 milhões. Os envolvidos moravam em residências de classe alta e um deles fugiu com a chegada da polÃcia, em uma chácara no municÃpio de Cristais Paulista, mas foi localizado pouco depois escondido dentro de um poço com mais de 10 metros de profundidade.
A operação intitulada "Lavoura Limpa" também fechou laboratórios clandestinos e apreendeu rótulos, embalagens, máquinas e materiais diversos usados para falsificar produtos agrÃcolas de marcas famosas. A mercadoria era comercializada em sete Estados do PaÃs, principalmente São Paulo e Minas Gerais. O trabalho da polÃcia ainda prosseguia no inÃcio da noite, já que a meta é cumprir mais de cem ordens judiciais contra a quadrilha.
De acordo com o delegado Leopoldo Novaes, de Franca, foram perto de cinco meses de investigação para descobrir todo o esquema, desde a produção no eixo SP/MG até a distribuição também para outras partes do PaÃs.
Entre os presos consta o dono de uma revendedora de veÃculos usados, onde foram apreendidos todos os dez carros que estavam à venda. Eles se somaram a lanchas, jet skis, caminhonetes, caminhões e outros veÃculos.
Em Ribeirão Preto a polÃcia apreendeu três pessoas, entre elas, pai e filho. Eles têm uma gráfica na Vila Carvalho, local onde estariam sendo falsificados rótulos. Em outro ponto da cidade foi fechada uma fábrica de embalagens e o dono também acabou na cadeia. Em Campinas um homem também foi preso e seria um dos lÃderes do esquema. A cidade abrigaria a empresa usada para movimentar a mercadoria falsificada.
Drone
Durante a ação até um drone foi usado pela polÃcia para invadir imóveis e localizar laboratórios em Franca. O avião comandado por controle remoto mostrava imagens para facilitar a operação policial.
Segundo o delegado Leopoldo Novaes, a quadrilha movimentava grande quantidade de dinheiro, que era investido em carros de luxo e imóveis. Dos integrantes presos até agora, 21 são homens e três, mulheres.
Fonte: Estadão Conteúdo