09/07/2015 21h40
Polícia acredita que ator foi vítima de crime homofóbico ou passional
O ator, dançarino e produtor cultural Adriano da Silva Pereira, de 33 anos, que era homossexual e foi encontrado morto em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira, 7, foi vÃtima de um crime homofóbico ou passional, segundo apontam as investigações da PolÃcia Civil.
Nesta quinta-feira, 9, a Delegacia de HomicÃdios da Baixada Fluminense informou ter descartado a hipótese de latrocÃnio (roubo seguido de morte). Quando foi atacado, Adriano tinha saÃdo de casa levando apenas um cartão Riocard, usado para pagar passagens de ônibus. Não tinha dinheiro, objetos pessoais nem documentos.
Embora Adriano fosse adepto do candomblé, que frequentemente é alvo de crÃticas de evangélicos, a polÃcia também não acredita que o crime tenha sido motivado por religião.
Para os amigos, o crime foi motivado por homofobia. Adriano costumava se vestir e se produzir como mulher e era alvo de comentários jocosos e agressivos.
HomicÃdio. Adriano saiu de casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na noite de domingo, 5, para encontrar amigos em um posto de combustÃveis em Nova Iguaçu. Esteve com os amigos, despediu-se e desapareceu. Dois dias depois o corpo dele foi encontrado com marcas de facadas, em um valão no bairro Três Marias, a cerca de 30 quilômetros do posto de onde havia saÃdo. O artista foi enterrado nesta quarta no cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita (Baixada Fluminense).
Fonte: Estadão Conteúdo