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Opinião
04/04/2018 11h28

ALFREDO CAPELACHE GUSBERTI

Nossa Gente, Nosso Orgulho Por Teresinha Maria Silveira Villela

Em 1890 descoberta das Água Minerais nas terras de Manoel Dias Ferraz e logo em seguida, efetuada a compra das mesma por Bernardo Saturnino da Veiga, deu-se origem a Fundação das Águas Minerais de São Lourenço, com um capital quinhentos contos de réis, e sede em São Paulo
Formou-se, então, a primeira diretoria da empresa:
Presidente: Senador Antônio Lino da Costa Bueno
Secretário: Dr. João Pedro da Veiga Filho
Gerente: Comendador Bernardo Saturnino da Veiga
Tornou-se necessário que agilizassem a elaboração da planta da cidade que em breve surgiria. Foi confiado tão importante trabalho ao engenheiro Dr. Urbano de Vasconcelos, professor da Escola Politécnica de São Paulo e ao engenheiro italiano, Alfredo Capelache Gusberti todo o trabalho de planta e captação das fontes.
Gusberti trouxe como auxiliar o espanhol Manoel Alves Esteves, profundo conhecedor em captação de águas e que já trabalhara em Poços de Caldas e Caxambu na mesma área.
Alfredo Capelache Gusberti captou cada tipo de água; deu-lhes uma cobertura adequada e passou a sanear os arredores das mesmas, edificar casas para residências de funcionários, escritórios, depósitos, galpões para o maquinário, além de assumir as obras dos loteamentos.
Sua atuação foi de grande importância, tanto para a Companhia das Águas Minerais de São Lourenço como para a futura cidade. Providenciou o desmatamento da região, desviou parte do curso do Ribeirão São Lourenço e aterrou áreas que para chegar ao nível desejado precisaram de até cinco ou seis metros de aterro, tudo realizado através de carroças ou carros de bois.
A 29 de setembro de 1891, a Companhia das Águas Minerais de São Lourenço, recebeu a visita do Governador de Minas Gerais, Cesário Alvim que visitava o Sul de Minas. Impressionado com a topografia e com o clima do local, antevendo a importância das águas, deixou suas impressões registradas:
“Vou encantado com que observei deste enérgico empreendimento por parte dos que vão levantar nas águas de São Lourenço novo estabelecimento balneário e nova e bela cidade”.
Mostraram-lhe a planta da nova cidade. Esta planta tinha o aspecto de um tabuleiro de xadrez, porém, de contorno irregular. Três avenidas se dirigiam do nascente para o poente. Eram divididas em quatro lotes e estes, por ruas. Cada um destes lotes eram subdivididos e seriam vendidos a quantos viessem viver no nascente povoado. A planta foi feita pelo Engenheiro Urbano de Vasconcelos, e Capelache assinou-a, porém com a ressalva de “cópia da planta.” Os engenheiros modernos observaram que há nesta planta erros primários e grosseiros, não podendo mesmo serem atribuídos a Alfredo Capelache, experiente e capacitado.
Em 26 de junho de 1969 pelo decreto nº 110 uma rua recebe seu nome.. Homenagem justa e condizente com o trabalho que fez.

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