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Opinião
25/05/2018 11h26

Maria da Conceição de Castro Real

Nossa Gente, Nosso Orgulho - Por Teresinha Maria Silveira Villela

Baependi foi sua terra natal.

Seus pais: Manoel Antonio de Castro e Maria Rita Mangia de Castro mudaram-se para São Lourenço e com eles todos os filhos.

E em 02 de março de 1927, Conceição tinha apenas 3 anos quando sua tia Rita Cafasso e o Sr. Henrique Cafasso foram buscá-la, a pedido da mãe, que se achava muito doente. D. Rita a acolheu como filha e como irmã de seu único filho Hugo.

O Sr. Henrique Cafaso era dono do Bar Vermelha e já crescida, Conceição ajudava- o no bar. O Sr. Henrique ensinava-lhe ser econômica e conviver com compras, vendas e todos os problemas inerentes de uma empresa, não importando o porte.

Talvez tenho vindo deste momento de sua vida sua vocação para se tornar uma Empresária de sucesso. Mais tarde trabalhou na Empresa de Águas de São Lourenço. Havia rodízio dos funcionários em todos os serviços e assim, D. Conceição ora prestava serviços na portaria, ora nas fontes e assim ia revezando semana após semana, sempre solícita e eficiente.

Foi no Balneário na Empresa de Águas de São Lourenço que D. Conceição ficou por mais tempo e conheceu Armando Real, natural de Campos. Vinha de Petrópolis com Sr. Neves que assumira o Hotel Sul América. Armando trabalharia como “maitre”.

Conheceram-se e apaixonaram-se. Casaram-se a 2 de junho de 1945.Este casal de grande importância para o progresso de São Lourenço, brindou a cidade com 10 filhos, pessoas queridas, honestas e profundamente dedicadas ao trabalho. São eles: Armando, Roberto, Ronaldo, Ricardo, Eduardo, Rosângela, Rogério, Rosiléia, Rubélio e Rosiane. Claro que não foi fácil criar os filhos, dá-lhes educação e formar em cada um o senso de responsabilidade, honestidade, trabalho e humildade no seu modo de ser.

D. Conceição e família residiram por pouco tempo em Guaratinguetá, mas as saudades de São Lourenço os trouxeram de volta. E os acontecimentos se sucederam:

Em 1953 alugaram, na Estação a Pensão Brasil do Sr. Ariosto Francia;
1955 – Alugaram do Dr. Francisco Martino D’Abreu o Hotel Globo;
1957 – Inicia-se um novo tempo em sua vida alugando o Hotel das Nações;
1967 - Este ano marcou uma nova era, coroando todo trabalho, sacrifício e dedicação: a compra do terreno onde edificou o Hotel Regência;
Dois anos depois, em 1969 deu-se a inauguração de uma parte do Hotel Regência, entregou então o Hotel das Nações e passa a dedicar-se ao Regência;
1972 – Comprou uma chácara com a intenção de criar galinhas e porcos para a cozinha do Hotel;
1977 - tudo mudou: piscinas e chalés foram construídos e hoje toda estrutura de um novo Hotel;

D. Conceição é uma mulher de fibra. Apesar de já ter feito 83 anos de trabalho, continua levantando-se às 5:30 da manhã, fazer os doces, verificar a limpeza e a lavanderia, supervisionar o lauto café que era servido aos hóspedes do Hotel Regência.

D. Conceição não é só uma empresária nota 10; é também uma mulher caridosa, jamais se furtando a colaborar comas festas da cidade e com os carentes que contam com sua caridade.

Sempre, no mês de agosto vai a Aparecida do Norte acompanhar a Romaria que oferece aos funcionários dos hotéis Regência e Montanhas do Sol. Promovia o Bloco no Carnaval que ainda alegra e motiva a cidade.

D. Conceição veste-se com sobriedade, porém com muito bom gosto. Está sempre alegre e bem disposta. É boa conselheira, amiga, compreensiva, religiosa. Enfim, D. Conceição de Castro Real é uma referência para a mulher sãolourenciana.

Em 15 de abril de 2010, o Hotel Regência foi vendido e, foi com alegria, que D. Conceição me contou: - Preciso descansar, afinal depois de 83 anos de luta e de trabalho estou em férias!

Merecidas férias, querida amiga!

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