18/03/2017 09h57
Empresas tentam proteger marcas
Qualquer que seja o desfecho da Operação Carne Fraca, que investiga irregularidades em frigorÃficos brasileiros, o dano à s marcas envolvidas no noticiário de ontem está feito, na opinião de especialistas em marcas e marketing consultados pelo Estado. Para evitar problemas maiores, a ordem à s empresas - em especial à s lÃderes BRF (dona de Sadia e Perdigão) e JBS (Friboi e Seara) -, é dar explicações convincentes ao consumidor.
"O mercado reagiu muito mal, o que é um sinal de que a notÃcia divulgada ontem afeta a reputação das empresas", disse Eduardo Tomiya, vice-presidente da Kantar Vermeer. Para Jaime Troiano, presidente da Troiano Branding, as marcas lÃderes têm a vantagem de ter um "saldo" com o cliente, permitindo que se recuperem de uma crise. "Por outro lado, é surpreendente. São empresas que não deveriam estar envolvidas nesse tipo de problema."
Tanto BRF quanto JBS buscam agir rapidamente para controlar danos. As empresas divulgaram comunicados, tanto em TV aberta quanto em outras mÃdias, como jornais, revistas e internet, para dizer aos consumidores que têm confiança em seus processos industriais.
A BRF afirma, em seus anúncios, que "não compactua com nada que coloca em risco sua credibilidade e alta reputação".
Imagem. Como os frigorÃficos investem em garotos-propaganda famosos, há também a questão de como a imagem de uma empresa pode afetar a celebridade que a endossa - a lista da JBS já incluiu um contrato milionário com o cantor Roberto Carlos.
Ontem, o ator Tony Ramos, que faz comerciais da Friboi, disse: "Fui surpreendido pela notÃcia, mas é preciso esperar as investigações. Se concluÃrem que está tudo em ordem, posso fazer novos filmes (publicitários). Se realmente houver irregularidade, minha posição será outra, claro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo