14/03/2017 19h40
Nova lista de Janot é três vezes maior que a primeira
A segunda lista de Rodrigo Janot é três vezes maior que a primeira. Nesta terça-feira, 14, O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), 83 pedidos de abertura de inquérito. Em 2015, na primeira lista, Janot requereu 28 inquéritos contra 49 deputados e senadores com base nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Naquele ano, além dos 28 inquéritos, Janot solicitou arquivamentos e alguns pedidos de declÃnio de competência. Agora, com base nas delações premiadas de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht e da Braskem, ele pediu a abertura de 83 inquéritos ao todo, e mais 211 processos de declÃnio de competência (para que as investigações sejam conduzidas em outras instâncias inferiores), nove arquivamentos e 19 'outras providências', segundo informou a Procuradoria. Os números dos polÃticos investigados ainda estão sob sigilo, mas Janot pediu ao ministro Luiz Edson Fachin que torne públicos os autos dos inquéritos.
Desde a primeira lista de Janot, foram surgindo novas delações, como a do ex-senador DelcÃdio Amaral, e as investigações foram se aprofundando e envolvendo novos polÃticos. Nenhuma das colaborações até agora, contudo, tinha a mesma dimensão e o mesmo volume de provas que a da Odebrecht, com potencial para atingir alguns dos principais polÃticos dos principais partidos brasileiros, da base e da oposição ao governo, além de também de implicar polÃticos e agentes públicos em obras no exterior. Diferente dos outros casos, as colaborações da Odebrecht e da Braskem foram firmadas simultaneamente com Brasil, SuÃça e Estados Unidos.
Do pacote inicial de Janot, foram apresentadas 20 denúncias contra 59 acusados perante o Supremo. Destas, seis denúncias já foram recebidas, sendo duas delas contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), que após ser cassado em setembro de 2016 teve seus processos desmembrados para as instâncias inferiores.
Fonte: Estadão Conteúdo