Um projeto em Santa Rita do Sapucaí (MG) é o primeiro no Estado de Minas Gerais, em que metade do que os detentos recebem pelo trabalho vai para as vítimas dos crimes que eles cometeram. O salário que os presos ganham na reforma de prédios públicos da cidade serve como indenização e também para ajudar as próprias famílias.
Segundo o juiz de Direito, José Henrique Mallman, o projeto tem como objetivo restaurar à vítima parte do que lhe foi tirado, além de conceder ao preso a chance de se redimir perante a sociedade.
Participam do plano detentos que foram julgados, condenados e agora trabalham para reduzirem suas penas. Para cada três dias trabalhados um é descontado do tempo de reclusão. A diferença é que eles são remunerados em um salário mínimo.
Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), o Estado gasta, em média, R$ 2 mil com cada detento. Porém, o dinheiro que os presos participantes do projeto em Santa Rita do Sapucaí enviam para suas famílias e suas vítimas é doado por empresários da cidade, que apoiam o projeto.
Os presos trabalham de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. De acordo com a Suapi e Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), cerca de 12 mil detentos trabalham em MG.