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São Lourenço
27/01/2011 11h09

São Lourenço Moradores do Jardim Juliana terão alameda calçada

Moradores do Jardim Juliana terão alameda calçada

Pablo Teixeira


Mato, sujeira e a ameaça constante de animais peçonhentos (cobras, aranhas), ratos e baratas. Esta é a dura realidade com a qual os moradores da alameda E, no bairro Jardim Juliana, são obrigados a conviver todos os dias, há mais de quatro anos. O bairro surgiu há 15 anos e a alameda existe desde 2001. Na época, na havia uma legislação específica que obrigava os loteadores a entregarem a obra já com os sistemas de infraestrutura.


Numa primeira visita, nossa equipe de reportagem teve dificuldade para localizar a rua. O local, de aproximadamente 40 metros de extensão e que tem acesso pela alameda Ana Justina de Souza, mais parece um lote abandonado. Um cenário preocupante, agravado ainda mais pela existência de terrenos particulares no entorno – simplesmente esquecidos pelos proprietários – o que contribui para trazer diversos riscos à saúde das pessoas residentes.


Segundo os moradores, o problema é antigo e a história é sempre a mesma: durante as eleições, prefeitos e vereadores de outras gestões se comprometeram em resolver a situação, mas ficou só na promessa...


Curiosamente, há 1 ano, no mesmo período, o Correio do Papagaio esteve no local em atendimento à mesma denúncia.


No verão, durante o período das chuvas, a situação é ainda pior. A falta de calçamento combinada com as fortes enxurradas provoca um verdadeiro lamaçal que, além de trazer sujeira para dentro das casas, provoca transtornos e acidentes. “Essa situação é muito perigosa. Ano passado, minha irmã, que na época estava grávida, sofreu uma forte queda quando estava entrando em casa. Havia chovido muito e ela acabou escorregando no barro”, conta inconformado Cristiano Henrique da Silva, morador local. “E não é só isso. Eu, por exemplo, quando estava terminando de construir minha casa, também fui muito prejudicado. O caminhão não conseguia chegar à frente da minha casa para descarregar os materiais”, completa. Como se não bastasse, no ano passado, ao dar entrada no processo para o alvará de Habite-se, Cristiano teve seu requerimento indeferido. Motivo: a Prefeitura não liberou o documento porque o local não é calçado.


Maria Ângela de Souza, outra moradora, também conta que enfrenta vários problemas. Sua filha Eliane já se deparou com uma enorme cascavel na cozinha. Antes disso, uma outra cobra, da mesma espécie, havia picado uma cadela de estimação, que felizmente foi socorrida.


A maior indignação dos moradores: anualmente, no carnê do IPTU são cobradas taxas e impostos referentes a serviços que não são prestados

A maior indignação dos moradores: anualmente, no carnê do IPTU são cobradas taxas

e impostos referentes a serviços que não são prestados

 

A maior indignação dos moradores é que, anualmente, no carnê do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), são cobradas taxas e impostos referentes aos serviços de limpeza, varrição e capina (R$ 29,28) e coleta de lixo (R$ 21,47) – os quais, obviamente, não são prestados.


Freqüentemente, Cristiano vai ao prédio da Prefeitura em busca de informações e providências. Em 2009, chegou inclusive a protocolar um requerimento, sob o número 5360, de 13/11/09. “Vou lá toda semana, mas a impressão que temos é que estão nos enrolando. É sempre um jogando a responsabilidade para o outro”, relata indignado.


A redação do Correio do Papagaio entrou em contato com os três setores envolvidos no caso: Serviços Urbanos, Fiscalização e Obras.


De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, Jorge Marcelino, os serviços de capina, poda e limpeza de logradouros obedecem um cronograma pré-estabelecido. Segundo ele, além do período de chuvas, a Secretaria está sem máquinas – uma vez que este serviço é terceirizado – e isso também está prejudicando a execução do planejamento. De acordo com Marcelino, os serviços de capina e limpeza da alameda “E” deverão acontecer ainda na primeira quinzena de fevereiro.


O Departamento de Fiscalização informou que os proprietários dos terrenos vizinhos à alameda já foram identificados e devidamente notificados para providenciarem a capina de seus lotes. Para os residentes em São Lourenço, o prazo é de dez dias; já quem reside em outro Estado tem 15 dias para efetuar a limpeza de seu terreno. Esgotado o prazo, e caso o terreno não tenha sido limpo, a Prefeitura deverá efetuar a contratação de empresa especializada para o serviço.


Em relação ao calçamento, o secretário municipal de Obras, Luiz Sérgio Carbone, informou que já existe um projeto para a pavimentação e drenagem de 36 ruas de São Lourenço. A alameda “E”, no caso, está incluída e será a 23ª a receber as benfeitorias. A licitação para a execução dos serviços foi realizada ano passado e a vencedora foi a empresa Pré-Moldados, de São Lourenço, de propriedade do engenheiro civil Carlinhos Sanches. O projeto faz parte de um convênio firmado entre a Prefeitura de São Lourenço e a Setop (Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas), no valor de R$ 1,260 milhão, com prazo para conclusão de nove meses.


Carbone explicou que as obras começaram pelos logradouros que já possuem sistema de drenagem. O secretário esclareceu que, para não comprometer a qualidade das obras, devido ao período de chuvas, os serviços estão temporariamente suspensos e deverão ser retomados, “a todo vapor”, a partir de março.

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