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Saúde
15/01/2015 17h23

Miopatias: raras, mas merecem atenção

As miopatias frequentemente causam fraqueza, que podem levar a dificuldades mesmo para movimentos simples.

Desordens da musculatura esquelética, as miopatias frequentemente causam fraqueza, que podem levar a dificuldades mesmo para movimentos simples. Podem também causar outros sintomas, como dor e fadiga. Apesar de considerada como uma classe de doenças raras, seus diferentes tipos podem manifestar-se do nascimento até a fase adulta.

”Esse grupo de doenças afeta os músculos esqueléticos, responsáveis pelos movimentos voluntários. Podem ser, ainda, divididas em dois grandes grupos: as hereditárias e as adquiridas”, explica a dra. Cláudia Ferreira da Rosa Sobreira, coordenadora do Departamento Científico de Moléstias Neuromusculares da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

 

Miopatias Hereditárias

A mais comum é as distrofia muscular de Duchenne, causada por alteração no cromossomo X. Praticamente só meninos apresentam quadro clínico típico, por volta dos 4 anos. A distrofia muscular de Becker, causada por alteração no mesmo gene, tem início em geral mais tardio e curso mais lento.

Meninos com distrofia muscular de Duchenne podem apresentar dificuldade para dar os primeiros passos. Com a progressão da doença, caem frequentemente, deixam de correr e subir escadas. Com o passar do tempo, toda a musculatura esquelética é comprometida, acarretando em problemas cardíacos e respiratórios.

O uso de células-tronco para regenerar o tecido muscular é uma esperança para essas crianças. Enquanto a técnica não está disponível, recomenda-se o uso de corticosteroides e reabilitação física com atuação multidisciplinar (fisioterapia e hidroterapia; terapia ocupacional; acompanhamento nutricional; acompanhamento psicológico, entre outros) para conter sua progressão.

Nos adultos, as principais miopatias são a distrofia facioescapuloumeral, provocando fraqueza nos músculos da face e dos braços; e a distrofia miotônica, que merece destaque por acometer múltiplos órgãos, além de se agravar conforme é transmitida entre as gerações.

A distrofia fáscio-escápulo-umeral, pode surgir em ambos os sexos. Seus sinais podem iniciar discretos de um lado ou ambos da face. Segundo dados do National Institute of Neurological Disorders and Strokes (Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos), dos Estados Unidos, esse tipo afeta 1 a cada 20 mil pessoas ao ano.

De acordo com este Instituto, a distrofia miotônica é o distúrbio neuromuscular hereditário mais comum. Entre seus sintomas estão: atrofia muscular, dificuldades para relaxar as mãos, queda das pálpebras, arritmia cardíaca e, nos homens, infertilidade.

“Ela acomete múltiplos órgãos, não só o músculo. Afeta, por exemplo, o coração, o cérebro (com muita sonolência e dificuldade de raciocínio), a visão (catarata é frequente), além de o paciente ter risco de diabetes e outras endocrinopatias”, explica a especialista. A forma de prevenção mais importante é o aconselhamento genético.

 

Miopatias Adquirida

Exemplos de miopatias adquiridas são as que decorrem de um processo inflamatório, ou aquelas associadas a doenças endócrinas como as disfunções da tireoide, ou mesmo miopatias resultantes do uso de alguns medicamentos. As miopatias inflamatórias ocorrem por uma reação equivocada do sistema imunológico. Uma espécie de defesa imunológica contra o próprio organismo.

Condições diversas propiciam o seu surgimento. Passível de cura efetiva, os principais sintomas são dores, fraqueza, lesões na pele e evidência laboratorial de inflamação muscular. Seu reconhecimento pode ser a porta de entrada para a identificação de doenças ocultas. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial.

 

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