21/02/2021 07h10
Aplicativos de ginástica são aliados para não ficar parado
O medo gerado pelo coronavÃrus fez com que muitas pessoas deixassem de frequentar as academias, mesmo quando elas voltaram a abrir, no ano passado. Para não ficarem paradas, muitas optaram por treinar em casa com a ajuda da internet. Na era das lives, diversos conteúdos fitness foram feitos por usuários que não necessariamente tinham um estudo por trás, como blogueiras. Por isso, os aplicativos de exercÃcios, criados por educadores fÃsicos e academias, são os ideais para ajudar qualquer um que queira se movimentar durante o isolamento.
Um dos maiores perigos, no entanto, é o risco de lesões por falta de experiência ou domÃnio dos movimentos. Afinal, é da natureza do corpo querer fazer um tipo de exercÃcio mais fácil do que o certo, que exige mais força. "É um tanto perigoso para pessoas que estão começando pela primeira vez a fazer exercÃcios, sedentárias, ou leigas. Há o risco de a pessoa querer experimentar algo além da capacidade dela, afinal não tem ninguém instruindo ou monitorando", pontua a personal trainer e professora da academia BodyTech Fabiane Miguel Soares. Uma opção é dar preferência aos aplicativos com vÃdeos e ver, com clareza, a execução de cada um dos movimentos.
"Todos os exercÃcios têm opções de adaptação", lembra Juliana Bissoli, personal trainer e professora da academia All Fitness Presential.
Se o aplicativo não traz outras opções, vale uma pesquisa no YouTube para ver adaptações de movimentos para trabalhar o corpo sem forçar uma área com limitações. "É muito importante respeitar seu corpo para não se machucar. Deu fadiga, fisgou um músculo? Simplesmente pare. Você não deve insistir", esclarece Fabiane.
É importante lembrar também de dar atenção aos questionamentos iniciais dos aplicativos: nÃvel de condicionamento fÃsico, idade, áreas fortes, etc. "Não adianta colocar nÃvel avançado para gastar mais calorias. Se você é iniciante, tem que saber que vai crescer aos pouquinhos", conta Juliana.
O mesmo vale para o tempo disponÃvel. "Não adianta colocar uma meta intangÃvel, um pouco todo dia já é maravilhoso", diz Fabiane.
Antes de qualquer treinamento, faça um aquecimento. "Nunca comece frio. As articulações precisam estar aquecidas", ensina a professora da BodyTech.
No final de cada treino, o alongamento é essencial. Caso o aplicativo escolhido não dê essa opção, existem apps próprios para isso, como o Alongamento e Flexibilidade e o Alongamento Completo. Ambos gratuitos para iOS e Android.
Outro cuidado se dá em relação ao espaço disponÃvel. Uma regra básica usada para garantir espaço suficiente é ficar em pé no local de treino com os braços abertos. Dê um giro de 360°. Se você não bateu em nenhum móvel ou parede, o espaço é suficiente. Caso possa investir em pelo menos um equipamento para o treino em casa, indicamos o colchonete ou tapete de ioga para não fazer os exercÃcios no piso. O sofá ou cama não dão o apoio necessário para manter a postura.
É interessante que a pessoa intercale o tipo de treino. "Se você corre todos os dias não é legal. Sobrecarrega o tornozelo, o joelho, então é bacana trocar por bike, natação, aula coletiva", sugere Juliana.
O ideal é se exercitar ao menos três vezes por semana e no máximo seis dias seguidos para garantir a recuperação do corpo com um dia de descanso. Alimente-se ao menos uma hora antes do treino com comidas leves e lembre-se de hidratar-se antes, durante e depois do treino. Quanto ao horário, o ideal é que seja na parte da manhã. "Depende muito de cada um e de cada rotina, mas se possÃvel é interessante que o exercÃcio seja feito durante o perÃodo do dia, não muito tarde, porque isso influencia no sono. É essencial que a pessoa aprenda a adicionar o treino na sua rotina de home office", diz a personal trainer.
Testamos vários aplicativos disponÃveis no mercado para saber quais são as melhores. O resultado você confere na próxima página. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo